Eventos de Influência do Buraco de Ozônio Antártico Ocorridos em 2016 Sobre o Sul do Brasil
Reis, Marco Antônio Godinho dos ; Peres, Lucas Vaz ; Bittencourt, Gabriela Dornelles ; Pinheiro, Damaris Kirsch ; Steffenel, Luiz Angelo ; Bencherif, Hassan ; Silva, Rodrigo da ; Nunes, Mateus Dias ; Bageston, José Valentin ; Reis, Gabriela Cacilda Godinho dos
O presente trabalho objetivou identificar e analisar a dinâmica estratosférica dos eventos de influência do Buraco de Ozônio Antártico (BOA) ocorridos sobre o Sul do Brasil no ano de 2016. Para atingir esse objetivo, buscou-se dias de redução no conteúdo de ozônio estratosférico com base em dados médios diários da Coluna Total de Ozônio (CTO) obtidos pelo espectrofotômetro Brewer instalado no Observatório Espacial do Sul (OES/INPE) (29.443752 ºS, 53.823084 ºO; 488,7 metros) e pelo instrumento de medição de Ozônio (Ozone Monitoring Instrument - OMI) a bordo do satélite Aura da NASA. Para esses dias foram realizadas análises da dinâmica da estratosfera através de campos isentrópicos de Vorticidade Potencial (PV) nos níveis de 600 e 700 K de temperatura potencial, utilizando as médias diárias de PV obtidas a partir das reanálises ERA-Interim do ECMWF (European Centre for Medium-range Weather Forecast) a fim de verificar a origem das massas de ar pobres em ozônio, e desta forma, a confirmação da origem dessas massas através das trajetórias retroativas obtidas com uso do modelo HYSPLIT (HYbrid Single-Particle Lagrangian Integrated Trajectory) da NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration). Além disso, imagens do conteúdo de ozônio do satélite OMI foram utilizadas como técnica complementar para verificar a atuação do BOA sobre o Sul do Brasil. Usando a metodologia apresentada identificou-se 6 eventos de influência do Buraco de Ozônio Antártico sobre o Sul do Brasil no ano de 2016 com percentagem de redução média de 11% da CTO em relação as climatologias mensais, confirmados pela passagem de filamentos polares estratosféricos sobre a região do OES, observados nos campos isentrópicos de VP nos níveis de 600 e 700 K de temperatura potencial assim como pelas trajetórias retroativas de origem polar obtidas no modelo HYSPLIT.</p>
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